Se tem curiosidade em saber mais sobre alguns inventos, criações e progressos em tecnologias, especialmente em tecnologias de informação, computadores e o que foi alcançado em apenas 200 anos.
Seguem-se alguns nomes e inventos criados e que hoje nos parecem que sempre existiram e não nos apercebemos da sua importância para a evolução tecnológica.
Mas vamos ver mais em pormenor:
Sobre Charles Babbage e Ada Lovelace
Quando Charles Babbage inventou e desenhou a primeira máquina de calcular electromecânica (máquina analítica), não podíamos sequer pensar na evolução da tecnologia e o que já alcançámos. Mas para a história fica talvez a pessoa mais inspiradora para o “mundo” do software, trata-se de Ada Lovelace (1815 – 1852) e filha de Lord Byron e de Ana Isabella “Anabella” Byron.

Hoje Ada Lovelace é reconhecida por ter criado o primeiro algoritmo para máquina analítica de Charles Babbage, sendo uma matemática de enorme valor, numa altura em que pouquíssimas mulheres se distinguiam na ciência. O algoritmo criado, tinha por função calcular os números de Bernoulli, sendo considerado o primeiro programa para computador.
Actualmente Ada é uma conhecida linguagem de computador de alto nível, usada em sistemas militares e na aviação, tendo o nome desta linguagem batizada em homenagem a Ada Lovelace.
Quem inventou o rato para o computador?
Douglas Engelbart em 1964 inventou o mouse de computador, não como conhecemos hoje esse interface, na altura era um objecto de madeira, bem maior que conhecemos hoje em dia (ver um exemplo de uma replica aqui do exemplo no museu de história dos computadores) e quando trabalhava no Stanford Research Institute (SRI).
A invenção do mouse de computador por Engelbart foi uma grande contribuição para o campo da ciência da computação. Ajudou a tornar os computadores mais fáceis de usar e abriu caminho para o desenvolvimento da GUI que usamos hoje.
Segundo se crê o nome “mouse” foi cunhado por Bill English, que trabalhava com Douglas Engelbart e como esse objecto tinha um cabo que o prendia à parte traseira do dispositivo e que parecia como uma cauda e, por sua vez, assemelhava-se ao rato comum.
O nome pegou e hoje todos nós usamos o termo “mouse” para nos referir a este onipresente dispositivo de entrada de computador.
O cartão de Hollerith
Porventura serão poucos os que se lembram do cartão de Hollerith, mas este processo de recolha de dados, foi inventado por Herman Hollerith quando era funcionário do United States Census Bureau de forma a acelerar o processo de entrada de dados, no processo do censo de 1890, processo que demorava muitos anos e tinha diversas complicações.
Herman Hollerith terá percebido o processo de automatização de teares criado por Joseph-Marie Jacquard em 1801, em que eram utilizando cartões perfurados de forma a automatizar processos de tecelagem, ao pensar nesse modelo de automatização, desenvolveu um processo que em código BCD (Binary Coded Decimal) efectuava contagens da informação com base na leitura da perfuração desses cartões. Utilizando uma tabuladora que fazia a leitura da perfuração desses cartões em lote, acelerando assim todo o processo.
Mais tarde com outros foi um dos fundadores da International Business Machines (IBM), com a fusão de outras três empresas (ver a história da IBM).
O primeiro computador
O primeiro computador eletrônico, o ENIAC, foi desenvolvido e construído em 1945, ainda na segunda guerra mundial e pesava mais de 27 toneladas.
O computador em 1969 e o homem na Lua
Sabia que o computador que ia a bordo do foguetão que levou o homem à lua, em 1969, na missão Apollo 11, tinha uma capacidade de processamento, armazenamento e tratamento de informação, muito menor que um vulgar smartphone (ou telemóvel) que todos utilizamos hoje em dia?
Vamos comparar a capacidade de memória do Apollo 11 com a de um smartphone actual:
Como mencionado anteriormente, o computador usado no Apollo 11, o Apollo Guidance Computer (AGC), tinha uma memória primária de 2.048 palavras de 16 bits cada, totalizando aproximadamente 32.768 bits (ou 32 kilobits). Além disso, havia a memória de corda de ferrite com capacidade de 36.864 palavras de 16 bits cada, totalizando cerca de 589.824 bits (ou 589 kilobits). Vale ressaltar que essas capacidades de memória são muito pequenas em comparação com os padrões atuais, se convertêssemos um 589 kilobits em Mega Bytes, seria 0.0754 MB .
Por outro lado, a capacidade de memória dos smartphones modernos varia amplamente, dependendo do modelo específico e do fabricante. No entanto, os smartphones atuais geralmente têm uma capacidade mínima de armazenamento interno de 64 gigabytes (ou 64.000 megabytes), o que equivale a aproximadamente 536.870.912 kilobits. Essa é uma diferença enorme em relação à capacidade de memória do Apollo 11.
Além disso, a maioria dos smartphones modernos permite a expansão da capacidade de armazenamento por meio de cartões de memória adicionais, que podem chegar a vários terabytes (1 terabyte = 8.000 gigabytes), proporcionando um espaço de armazenamento ainda maior.
Em resumo, a capacidade de memória do foguete Apollo 11 era extremamente limitada em comparação com os smartphones atuais, que possuem capacidades de armazenamento significativamente maiores, variando de dezenas a centenas de gigabytes, e até mesmo terabytes com o uso de cartões de memória.
resumindo:
Todos nós andamos no bolso com um computador e muitos de nós com um smartwatch que em 1969 pesava 31,8 Kg e tinha uma capacidade incomparavelmente menor que os dispositivos actuais.