A world wide web (www), ou simplesmente a Web, é actualmente um local que todos nós acedemos regularmente e até várias vezes ao dia, seja no computador, no smartphone ou no tablet. São muitos os motivos porque acedemos a estes locais digitais e que vão desde uma simples pesquisa ao navegarmos (“browsing”), usando os motores de busca mais utilizados como o Google Chrome, o Firefox, o Bing, o SAPO, o IOL, etc., ou quando consultamos locais (ou sites) mais específicos, como os sites governamentais e da administração pública, como o portal da saúde, o portal das Finanças, ou outros portais e serviços digitais no portal ePortugal.gov.pt, mas também quando consulta ou faz operações no seu banco de forma digital (homebanking). ou mesmo quando vai ao site do youtube, significa que está a aceder à primeira “camada” da Internet a Web.
Mas voltando aos motores de busca: No fundo todos os motores de busca seguem os mesmos princípios em que são usados “varredores de conteúdos” de forma sistemática e periódica a toda a internet, denominados de web crawlers ou spider, eles indexam e endereçam os diversos locais da Internet (os sites), registando os URL, bem como os seus meta tags, ou simplesmente Tags (etiquetas), mas também Keywords (palavras chave), que são linhas de código HTML que descrevem e facilitam a busca o conteúdo do seu site para apresentar pesquisas na Web.

E o que é a Deep Web?
Pode-se dizer que a Deep Web (ou web profunda) pode ser classificada como uma camada da Web (World Wide Web) que não é encontrada pelos motores de busca, ou seja, não é encontrada nas buscas dos crawlers e, deste modo, não é em grande parte encontrada e apresentada quando o utilizador executa uma pesquisa. Conclui-se então, que grande parte do que está guardado ou “arquivado” de ficheiros, páginas, documentos, etc, se encontra nesta parte da Web e que fazendo uma analogia da Web e um grande iceberg, em que como nos icebergs, grande parte se encontra abaixo do nível da superfície e não é visível, não se sabendo o seu tamanho.

Eu vou deixar aqui alguns exemplos de deep web, para compreender o que provavelmente não encontra numa simples pesquisa com os motores de busca, eis alguns exemplos:
https://www.inem.pt/wp-content/uploads/2017/06/Sistema-Integrado-de-Emerg%C3%AAncia-M%C3%A9dica.pdf
https://publicacoes.mj.pt/Pesquisa.aspx
https://catalogo.biblioteca.iscte-iul.pt/cgi-bin/koha/opac-detail.pl?biblionumber=117606
https://www.worldometers.info/coronavirus/country/portugal/
Como dá para perceber, para aceder e estes sites terá que digitar o URL completo, ou aceder a um link.
Pergunta que pode fazer e que muitos fazem e que deixa sempre dúvidas, já que vai ouvindo diversas versões e muitas vezes de forma errada: a Deep Web é onde estão se encontram os sites ilegais e “proibidos”?
Resposta: Por norma não, mas com tantos sites é natural que lá encontre sites que contenham conteúdos menos legais ou digamos não aconselháveis, como os sites de pornografia, por exemplo. Mas genericamente falando a Deep Web (ou a Web profunda), não é um local de Internet onde se encontrem criminosos ou que promovam negócios ilegais. Até porque a denominada Deep Web é passível de ser encontrada, quando pesquisa mais profundamente um site, apenas pode não encontrar numa simples pesquisa de um navegador (browser).

Então e a Dark Web?
Como o nome indica, esta é a camada da web e na analogia do iceberg é a camada mais “profunda” e extremamente difícil de encontrar e raramente disponível num navegador (browser) conhecido. Para isso terá que usar um browser menos conhecido, como o TOR (https://www.torproject.org/). Mas com este browser, que é gratuito, e onde pode pesquisar toda a informação que vê num outro navegador (browser), contudo “navega” de forma anónima, não deixando rasto e é muito difícil poder ser “rastreado”, mas possível que uma qualquer policia ou agência de segurança o possa monitorar, especialmente agências como a NSA americana.
A Dark Web ou darknet é uma parte da Web também conhecida como o local onde estão negócios ilícitos, grupos de activistas que não querem ser vigiados, grupos de hackers que trocam informações entre si, etc.

Aconselha-se no entanto sempre que tente aceder a sites que estejam nesta área da web, ter uma VPN activa e uma FIREWALL e não o faça no seu computador habitual. Concluindo, grande parte dos sites que não “vê” possuem a extensão “.onion” em vez das extensões conhecidas como as extensões “.com”, “.net”, “.gov”, “.edu”, etc. Os sites com extensão “.onion!” usam o software The Onion Router (Tor) e que criptografam as conexões e possibilitam uma comunicação “não visível” e anónima.
Meu conselho… não tente se não é um utilizador com muito bons conhecimentos de informática aceder a este tipo de sites, pois pode vir a ter “surpresas” indesejáveis.
Se tiver dúvidas já sabe, envie um e-mail formacaoajuda@gmail.com tentaremos esclarecer melhor.
Mais um excelente artigo para retirar dúvidas no mundo da internet.
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